Professores de Ibirité denunciam prefeitura na Assembleia Legislativa

João Arêas e Rafael Calado (Sind-UTE Ibirité, Beatriz Cerqueira (Sind-UTE MG e CUT), deputados Professor Neivaldo e Cristiano Silveira, Alfredo Ananias (SRE Metropolitana B) e Flavio do Carmo (Sind-UTE Ibirité).
João Arêas e Rafael Calado (Sind-UTE Ibirité), Beatriz Cerqueira (Sind-UTE/MG e CUT/MG), deputados estaduais Professor Neivaldo (PT) e Cristiano Silveira (PT), Alfredo Ananias (SRE Metropolitana B) e Flavio do Carmo (Sind-UTE Ibirité).

Na manhã de quinta-feira (3/9), a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou audiência pública para debater a situação da rede municipal de Educação de Ibirité.

“A audiência foi importantíssima, pois permitiu visibilidade para a grave situação vivida pelos trabalhadores na Educação de Ibirité
“A audiência foi importantíssima, pois permitiu visibilidade para a grave situação vivida pelos trabalhadores na Educação”, afirma Rafael Calado, coordenador do Sind-UTE Ibirité.

Compuseram a mesa os deputados estaduais Professor Neivaldo Lima (PT), membro da Comissão, e Cristiano Silveira (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos; Beatriz Cerqueira, presidenta do Sind-UTE Estadual e da CUT Minas Gerais; Alfredo Ananias Avelar, diretor educacional da Superintendência Regional de Ensino Metropolitana B; além de Rafael Calado, João Arêas e Flávio do Carmo, representando a subsede do Sind-UTE de Ibirité. A prefeitura, embora convidada, não compareceu.

A audiência foi importantíssima, pois permitiu visibilidade para a grave situação vivida pelos trabalhadores na Educação de Ibirité. Infelizmente, a prefeitura não teve coragem de enviar representantes, o que seria uma boa oportunidade para explicar o não cumprimento da lei do piso salarial, os cortes de direitos, as perseguições, o assédio moral, as práticas antissindicais, a falta de transparência no uso dos recursos da educação, entre outras irregularidades”, afirma Rafael Calado, coordenador geral da subsede do Sind-UTE.

Educadores denunciam cortes de direitos.

Educadores denunciam cortes de direitos.

O deputado estadual Professor Neivaldo, autor do requerimento da Audiência Pública, lembrou que a falta de diálogo da prefeitura de Ibirité vem na contramão da postura adotada pelo Governo do Estado, de respeito e negociação com os trabalhadores e seus sindicatos, procedimento que, segundo ele, deveria ser seguido por todos os gestores públicos. Ao final, o parlamentar apresentou vários requerimentos, entre os quais o de que a Comissão de Educação visite o prefeito e o secretário de Educação de Ibirité para cobrar explicações.

ASSISTA:

Assembleia Legislativa debaterá caos na Educação de Ibirité

Na próxima quinta-feira (3/9), a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizará Audiência Pública para debater a situação da Educação no município de Ibirité. A reunião foi requerida pelo deputado estadual Professor Neivaldo (PT), a pedido do Sind-UTE.

Rafael Calado: “Os professores não exigem muita coisa, apenas valorização profissional, salários dignos e condições adequadas para trabalhar. A prefeitura não é uma empresa e, portanto, não visa lucros. Os recursos, não só em tempos de crise, mas especialmente neles, devem ser aplicados em benefício da sociedade, que paga honestamente seus impostos e exige, com razão, investimentos no bem estar coletivo."

Rafael Calado: “Os professores não exigem muita coisa, apenas valorização profissional, salários dignos e condições adequadas para trabalhar. A prefeitura não é uma empresa e, portanto, não visa lucros. Os recursos, não só em tempos de crise, mas especialmente neles, devem ser aplicados em benefício da sociedade, que paga honestamente seus impostos e exige, com razão, investimentos no bem estar coletivo.”

Será uma grande oportunidade para todos conhecerem a realidade da Educação em Ibirité. O descaso é enorme, falta material didático, a infraestrutura é precária e, além disso, não existe qualquer transparência na aplicação dos recursos. Vigora uma política salarial de arrocho e a prefeitura se recusa a cumprir a lei do piso, além de cortar conquistas históricas, como o adicional de incentivo à docência. Enfim, ‘valorização profissional’ é uma expressão que não consta no vocabulário do prefeito”, afirma Rafael Calado, coordenador da subsede do Sind-UTE.

O sindicalista cita como exemplo a negativa em negociar a pauta de reivindicações e a truculência com que foram tratadas as manifestações da categoria. “A prefeitura usou de expedientes sórdidos para tentar aterrorizar os trabalhadores. O assédio moral, as perseguições, os ofícios ameaçadores, enfim, tudo o que há de mais asqueroso foi usado contra o nosso movimento. Atos públicos pacíficos viraram caso de polícia, inclusive com a prisão do professor Edson, diretor do Sind-UTE. Isso só fez aumentar a indignação dos trabalhadores, que não recuaram e continuam firmes na luta”, diz.

Segundo Rafael, a prefeitura nega reajustes e corta direitos alegando necessidade de “economizar” diante da crise econômica. “Essa desculpa é uma grande piada. Serão gastos mais de R$ 13 milhões com os salários do prefeito, do vice, dos secretários e dos cargos de confiança, enquanto os salários do funcionalismo seguem arrochados. Condomínios particulares são asfaltados e obras públicas são feitas para valorizar loteamentos de familiares do prefeito, enquanto as escolas estão caindo aos pedaços. Para completar, embora seja outra esfera de poder, os quinze vereadores também aumentaram os próprios salários, com efeitos retroativos a janeiro deste ano. Que economia é essa? O problema não é a escassez de verbas, mas a má gestão, o desperdício e o uso do dinheiro público para beneficiar particulares”, aponta Rafael.

Outro problema, segundo o sindicalista, é a falta de transparência. “O FUNDEB é uma verba federal para ser investida exclusivamente na Educação. Não menos que 60% desses recursos têm que ser usados para pagar os salários dos professores, enquanto o restante deve ir para a manutenção e melhoria da qualidade do ensino. Pois bem, não há prestação de contas de boa parte dessa verba! A gente tem conhecimento, por exemplo, de que não existe controle sobre os gastos com gasolina, pois a prefeitura possui apenas uma bomba para abastecer todos os carros. De forma que não dá para saber se o combustível abastece apenas os veículos da Educação, o que parece pouco provável, e para quais finalidades eles são utilizados. Enfim, o FUNDEB é uma imensa caixa preta”, destaca.

Rafael Calado também lembra que, há pouco tempo, foi constatado que a empresa Amaral Comércio de Alimentos Ltda, com sede em Contagem, superfaturava notas fiscais de compras para a merenda escolar. “Após investigações do Ministério Público, a empresa foi obrigada a devolver mais de R$ 50 mil ao município. Por razões óbvias, o contrato deveria ter sido cancelado. Mas a prefeitura, curiosamente, até hoje mantém essa empresa fornecendo alimentos, como se nada tivesse acontecido. Isso é, no mínimo, muito suspeito”, questiona.

Considerando que “crises econômicas são superadas com boa gestão do dinheiro público, de forma honesta e transparente”, Rafael Calado observa que, se o prefeito realmente quisesse economizar, “deveria começar cortando na própria carne, eliminando gastos supérfluos, reduzindo seu próprio salário e de sua vice, assim como os de todo o primeiro escalão, além de extinguir a maior parte dos cargos comissionados, muitos deles ocupados por gente que não faz nada”.

“Os professores não exigem muita coisa, apenas valorização profissional, salários dignos e condições adequadas para trabalhar. A prefeitura não é uma empresa e, portanto, não visa lucros. Os recursos, não só em tempos de crise, mas especialmente neles, devem ser aplicados em benefício da sociedade, que paga honestamente seus impostos e exige, com razão, investimentos no bem estar coletivo”, finaliza o coordenador do Sind-UTE Ibirité.

A Audiência Pública está marcada para a próxima quinta-feira (3/9), às 9h30, no Plenarinho IV da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Rua Rodrigues Caldas, 30, Santo Agostinho). A participação é aberta à comunidade. Mais informações, no Sind-UTE Ibirité, pelo telefone 3533-2713.

Professor Edson Lula, diretor do Sind-UTE, é conduzido pela PM até a Delegacia

Manifestações pacíficas foram tratadas como caso de polícia pela prefeitura de Ibirité. Na foto, os sindicalistas Edson Lula e João Arêas são conduzidos pela PM após ato da categoria.

 

Nota do SIND-UTE: Trabalhadores pagam pela irresponsabilidade do prefeito de Ibirité

Corte de direitos, sucateamento dos serviços públicos, reajuste zero e demissões patrocinam privilégios do primeiro escalão da prefeitura.

Na última semana, os trabalhadores na Educação da rede municipal de Ibirité foram surpreendidos com uma série de demissões. A medida teria o objetivo de “reduzir custos”, pois a prefeitura estaria enfrentando “graves” dificuldades financeiras resultantes da “crise econômica”.

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Indignados com o desrespeito e o autoritarismo do prefeito, trabalhadores na Educação foram às ruas e realizaram diversas paralisações e atos públicos.

Com a mesma alegação, o prefeito se recusa a pagar o Piso Salarial Nacional do magistério e reajustar os salários. Para piorar, suprimiu o adicional de incentivo à docência, conquista histórica que assegurava 5% de acréscimo nos vencimentos a cada pós-graduação comprovada. A intransigência persiste desde março, quando foi entregue nossa pauta de reivindicações. 

Indignados, professoras e professores foram às ruas e realizaram diversas paralisações. Usando de sua tradicional prepotência, a prefeitura tentou aterrorizar a categoria com notas intimidadoras. Fracassada a manobra, passou a assediar moralmente os trabalhadores e a perseguir lideranças. Manifestações pacíficas e legítimas foram tratadas como casos de polícia, chegando ao absurdo de sindicalistas serem presos pela Polícia Militar.

Enquanto isso, as escolas municipais seguem sucateadas, com a sistemática falta de material didático e estruturas físicas precárias. E os professores seguem com ZERO de reajuste nos salários. A ladainha da prefeitura também não muda: “não há dinheiro”!

Porém, quando se trata de favorecer parentes e cabos eleitorais, a história é bem diferente. Apenas com o primeiro escalão (prefeito, vice e secretários) e cargos comissionados (sem concurso), onde se abrigam os amigos do prefeito, a prefeitura gastará mais de R$ 13 milhões em 2015.

Exatamente na contramão das recomendações do Ministério Público, que orienta a redução de gastos com cargos de confiança entre 20% e 30%. Em Ibirité, ao invés de corte, houve um incremento de 40%. Os vereadores também não ficaram atrás e aumentaram generosamente os próprios salários.

O prefeito também não pensa em economizar quando gasta dinheiro público para asfaltar condomínio particular. Nem quando mantém contrato com empresa que, comprovadamente, lesou recursos destinados à merenda escolar. Muito menos quando realiza obras próximas a alguns loteamentos, visando valorizá-los para serem posteriormente negociados por sua família.

Ou seja, as conveniências da família que governa Ibirité são sempre colocadas acima dos interesses da sociedade. Isso explica as demissões, os péssimos salários do funcionalismo, a falta de médicos e medicamentos nos postos e o corte de R$ 5 milhões na saúde. Milhares de famílias carentes são prejudicadas para que apenas uma família seja favorecida – a do prefeito.

Portanto, não é a crise que compromete investimentos em Ibirité. É o desperdício e a má utilização do dinheiro público. Não há transparência na aplicação dos recursos do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), verba repassada pelo governo federal que deve ser investida exclusivamente na Educação, conforme a Lei nº 11.494/2007.

De acordo com a mesma Lei, 60% da verba do FUNDEB tem que ser utilizada unicamente para pagar os salários dos professores. A prefeitura alega que isso é o que mais “onera” o Fundo. MENTIRA! Oneroso é o desperdício dos recursos da Educação!

Fato gravíssimo é que a administração municipal simplesmente não presta contas dos 40% restantes, em flagrante desrespeito à Lei. Sabe-se, por exemplo, que não há qualquer controle sobre as despesas com gasolina. Existe apenas uma bomba para abastecer todos os carros da prefeitura, ignorando-se quais veículos – e para quais finalidades – são abastecidos com os recursos da Educação. Em Ibirité, o FUNDEB é uma caixa preta!

A falta de transparência chega também ao concurso público para a Educação. Tamanha é a desorganização, que ele já foi adiado várias vezes, inclusive com o cancelamento de alguns cargos. O que nos leva a crer que a prefeitura não tem verdadeiro interesse em sua realização, preferindo manter os cargos preenchidos através de indicações políticas, a maioria delas feitas por vereadores. Tais procedimentos podem, inclusive, fazer com que a legitimidade do concurso seja questionada judicialmente no futuro.

É preciso parar essa sangria! Crises econômicas são superadas com gestão transparente e honesta do dinheiro público, eliminando gastos supérfluos e desnecessários. E, principalmente, valorizando os trabalhadores e trabalhadoras, proporcionando condições adequadas para o desenvolvimento de seu trabalho, cuja principal beneficiária é a sociedade. Demissão não é solução para nenhuma crise!

Afinal de contas, a prefeitura não é uma empresa. Diferentemente da especulação imobiliária – principal fonte de enriquecimento da família do prefeito – o setor público não visa lucros. Os recursos, mesmo escassos, devem ser utilizados para beneficiar toda a sociedade, que paga dignamente seus impostos e exige que eles retornem na forma de investimentos no bem estar coletivo.

Direção do Sind-UTE Ibirité

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Apesar da truculência do governo municipal, categoria permanece unida e mobilizada na luta contra a retirada de direitos.

Vitória dos professores: prefeitura de Ibirité recua e volta a negociar com Sind-UTE

Após três meses de impasse, período em que prefeitura se recusou a dialogar com o Sind-UTE, a pauta de reivindicações dos professores da rede municipal de Ibirité voltou a ser discutida. A reunião que retomou as negociações ocorreu na segunda-feira (29).

"Foi uma grande vitória dos trabalhadores e trabalhadoras, que deram um exemplo de resistência e luta. Mesmo com todo o autoritarismo, pressões e ameaças, inclusive do corte de ponto, a categoria resistiu bravamente e se manteve organizada", afirma Rafael Calado, coordenador do Sind-UTE Ibirité.

“Foi uma grande vitória dos trabalhadores e trabalhadoras, que deram um exemplo de resistência e luta. Mesmo com todo o autoritarismo, pressões e ameaças, inclusive do corte de ponto, a categoria resistiu bravamente e se manteve organizada”, afirma Rafael Calado, coordenador do Sind-UTE Ibirité.

Foi uma grande vitória dos trabalhadores e trabalhadoras, que deram um exemplo de resistência e luta. Mesmo com todo o autoritarismo, pressões e ameaças, inclusive do corte de ponto, a categoria resistiu bravamente e se manteve organizada. A prefeitura chegou ao disparate de tentar impor outra representação sindical. Mas os professores, indignados, repudiaram essa manobra e deixaram claro que legitimidade não se impõe, ela se conquista”, afirma Rafael Calado, coordenador geral do Sind-UTE Ibirité.

Embora o Executivo ainda não tenha apresentado contraproposta, a reunião registrou avanços. “A prefeitura se comprometeu a restabelecer as liberações para as reuniões dos representantes de escola, que haviam sido arbitrariamente canceladas, e afirmou que não haverá corte do ponto dos trabalhadores que aderiram às paralisações. De nossa parte, deixamos bem claro que não aceitaremos a imposição de qualquer calendário de reposição das aulas, que só ocorrerão após acordo. Caso a prefeitura volte atrás e decida cortar o ponto, somos categóricos: não haverá reposição das aulas” , diz o dirigente sindical

Na próxima quinta-feira (2), os representantes de escola se reunirão para debater os rumos do movimento. Nova reunião entre Sind-UTE e prefeitura está agendada para terça-feira (7).

Como a pauta já está em mãos do prefeito e do secretário de Educação, desde março, esperamos que seja apresentada uma contraproposta concreta. Até lá, os trabalhadores manterão a mobilização nas Escolas. Afinal, foi a força da nossa luta que garantiu a volta das negociações. E será essa mesma força que fará as negociações avançarem, até que conquistemos nossas reivindicações”, finaliza Rafael.

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A categoria manterá a mobilização para garantir o avanço das negociações com a prefeitura de Ibirité.

Professores de Ibirité denunciam abusos da prefeitura e decidem manter Estado de Greve

Os trabalhadores e trabalhadoras na Educação de Ibirité, em Estado de Greve desde o dia 19 de maio, paralisaram as atividades na última quinta-feira (25). A categoria realizou assembleia em frente à prefeitura para cobrar a retomada das negociações e o fim das retaliações aos professores que participam do movimento.

“Muito em breve, o povo mineiro tomará conhecimento da truculência e dos abusos que são cometidos pelos coronéis de Ibirité”, diz Rafael Calado, coordenador da subsede do Sind-UTE.

“Chegaram ao extremo de chamar a polícia para uma manifestação pacífica e mandaram prender o professor Edson. Divulgam ofícios ameaçadores para impedir que os representantes de escola, eleitos pelos colegas, participem das reuniões com o Sind-UTE. Agora, de forma truculenta, tentam impor um calendário de reposição de aulas, sem qualquer discussão com os trabalhadores. Enfim, a lista de ilegalidades é extensa”, denuncia Rafael Calado, coordenador geral do Sind-UTE de Ibirité.

A assembleia dos professores decidiu manter o Estado de Greve e constituir um comando de mobilização, encarregado de elaborar uma agenda de atividades. “A categoria permanece mobilizada, exigindo que a prefeitura respeite os trabalhadores e volte a negociar. Várias ações estão programadas, como panfletagens nos bairros e locais de grande fluxo de pessoas, inclusive nos fins de semana. Também já deixamos claro que qualquer calendário que não for discutido pelos trabalhadores será rejeitado. E, se houver corte de ponto, definitivamente não haverá reposição”, adverte o sindicalista.

Em relação às práticas ilegais da prefeitura, o coordenador do Sind-UTE informa que as primeiras providências já foram tomadas. “Acionamos o Ministério Público do Trabalho, de Defesa do Patrimônio Público e a Coordenadoria do Ministério Público de Defesa da Educação. Além disso, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizará uma audiência pública para ouvir as denúncias dos trabalhadores. Muito em breve, o povo mineiro tomará conhecimento da truculência e dos abusos que são cometidos pelos coronéis de Ibirité”, conclui Rafael.

Após a assembleia, os professores saíram em passeata e realizaram o funeral simbólico da Educação municipal.

Professores de Ibirité paralisam atividades nesta quinta, 25/6

Em Estado de Greve desde o dia 19 de maio, os trabalhadores e trabalhadoras na Educação de Ibirité paralisam as atividades nesta quinta-feira (25). Assembleia está programada para as 8h00, em frente à prefeitura da cidade.

Apesar dos ataques da prefeitura, categoria permanece em Estado de Greve.

Apesar dos ataques e ameaças da prefeitura, categoria permanece em Estado de Greve.

A categoria reivindica, entre outros itens, pagamento do piso salarial nacional, plano de carreira, regulamentação da jornada de trabalho e o retorno do adicional de incentivo à docência, que garante 5% de acréscimo nos salários a cada pós-graduação comprovada. Os professores também cobram a retomada das negociações, rompidas unilateralmente pela administração.

Além de não dialogar, o Executivo vem reprimindo o movimento com ferocidade. “Os representantes de escola, escolhidos democraticamente pelos colegas, estão sendo proibidos de participar das reuniões com o Sind-UTE. Tornou-se regra a divulgação de ofícios com ameaças de punição, caso a categoria decida cruzar os braços. Para piorar, o governo tenta impor um calendário de reposição de aulas sem discussão com os trabalhadores. Sem falar na recente prisão do professor Edson, a pedido da prefeitura, que é uma afronta ao direito de livre manifestação”, afirma Rafael Calado, coordenador geral do Sind-UTE de Ibirité.

Enquanto pressiona para a retomada do diálogo, o Sind-UTE toma providências jurídicas para encerrar as práticas antigreve do governo municipal. “O prefeito sabe que seus métodos são ilegais. Por conta disso, o Ministério Público do Trabalho, de Defesa do Patrimônio Público e a Coordenadoria do Ministério Público de Defesa da Educação já foram acionados. Esperamos que a prefeitura respeite os servidores da Educação e dialogue de uma vez, acabando com esse impasse”, conclui o dirigente sindical.

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Prefeitura de Ibirité chama polícia para professores e manda prender sindicalista

Na última sexta-feira (29), os trabalhadores e trabalhadoras na Educação realizaram ato em frente à prefeitura de Ibirité. A manifestação foi pacífica, mas incomodou a administração, que mobilizou efetivo policial fortemente armado para reprimir os professores. Edson Lula, diretor do Sind-UTE Ibirité, foi conduzido pela PM até a Delegacia de Polícia Civil.

“Pinheirinho age com a mesma truculência do governador do Paraná, Beto Richa, do PSDB. Despreza os trabalhadores, recusa o diálogo e não pensa duas vezes antes de chamar a polícia para agredir professor. Nosso ato, como sempre, foi pacífico. Nada justifica a presença de policiais armados com escopetas. Nada justifica a PM ter levado o Edson para a delegacia, atendendo pedido de um puxa-saco, que, aliás, recebe um gordo salário só para ficar lendo jornal na portaria da prefeitura”, indigna-se Rafael Calado, coordenador geral do Sind-UTE em Ibirité.

“Pinheirinho age com a mesma truculência do governador do Paraná, Beto Richa, do PSDB. Despreza os trabalhadores, recusa o diálogo, mas não pensa duas vezes antes de chamar a polícia para agredir trabalhador

“Pinheirinho age com a mesma truculência do governador do Paraná, Beto Richa, do PSDB. Despreza os trabalhadores, recusa o diálogo, mas não pensa duas vezes antes de chamar a polícia para agredir professor”, afirma Rafael Calado, coordenador do Sind-UTE em Ibirité

A manifestação promoveu o enterro simbólico da política educacional do município e cobrou a reabertura das negociações, interrompidas unilateralmente pelo prefeito. “A situação é de calamidade, com escolas caindo aos pedaços e carecendo de material didático. Nossos salários estão entre os mais baixos do Estado e o prefeito ainda cortou o adicional de incentivo à docência, conhecido como pós-graduação. Ele diz que é para economizar, mas vai gastar cerca de R$ 13 milhões com salários do primeiro escalão e dos cabos eleitorais travestidos de assessores. Fala que a prefeitura está em crise, mas manda asfaltar condomínio de luxo. E, para piorar, ainda mantém contrato com uma empresa que, comprovadamente, fraudou recursos da merenda escolar”, diz o sindicalista.

Rafael Calado afirma que o Sind-UTE tomará providências em relação às arbitrariedades da prefeitura. “Tudo que a administração fez até agora, além de imoral, é ilegal. Quando foi avisada oficialmente de que uma greve poderia ser deflagrada, emitiu nota com informações mentirosas, tentando intimidar a categoria. Depois chamou a polícia para os trabalhadores, culminando com o Edson sendo conduzido pela PM. Isso é prática anti sindical, claramente proibida por Lei. É obvio que a prefeitura terá que se explicar na Justiça.”

Apesar de tudo, Rafael insiste que as negociações precisam ser retomadas. “Quem está dificultando as coisas é o prefeito, que interrompeu as conversas de forma unilateral e fica inventando desculpas para não negociar com o Sindicato. A declaração de guerra partiu dele, mas, de nossa parte, continuamos acreditando no diálogo. Esperamos que haja bom senso e respeito com os servidores da Educação. Manifestação de trabalhador não é caso de polícia”, conclui.

Até o dia 10 de junho, quando haverá nova assembleia, os trabalhadores continuarão reduzindo a carga horária para pressionar pela reabertura das negociações.

Professores de Ibirité podem decretar greve a partir de sexta-feira (29)

Trabalhadores e trabalhadoras na Educação de Ibirité, região metropolitana de Belo Horizonte, vão paralisar as atividades nesta sexta-feira (29). Está programada assembleia em frente à prefeitura, a partir das 8h00, onde também haverá um ato público, com o enterro simbólico da Educação no município.

O Sindicato não descarta decretar greve por tempo indeterminado. “Nossa pauta de reivindicações foi entregue em março. Inicialmente, o prefeito disse que estava estudando a pauta, que teria que verificar a disponibilidade de recursos, enfim, enrolou o quanto pode. Agora, decidiu que não vai mais negociar. Os trabalhadores entenderam esse gesto como uma declaração de guerra”, afirma Rafael Calado, coordenador geral do Sind-UTE em Ibirité.

“O prefeito disse que estava estudando a pauta, que teria que verificar a disponibilidade de recursos, enfim, enrolou o quanto pode. Agora, decidiu que não vai mais negociar. Os trabalhadores entenderam esse gesto uma declaração de guerra”, diz Rafael Calado, coordenador geral do Sind-UTE.

A categoria reivindica, entre outros itens, pagamento do piso salarial nacional, plano de carreira, regulamentação da jornada de trabalho e a volta do adicional de incentivo à docência, que garante 5% de acréscimo nos salários a cada pós-graduação comprovada. “O prefeito, de forma autoritária, cortou esse direito, que era um estímulo à formação dos professores. O mais grave é que o governo jurou de pé junto que não mexeria nessa conquista. Ou seja, mentiu para os trabalhadores”, diz Rafael.

Para justificar os cortes, não só na Educação, mas também na Saúde, que perdeu R$ 5 milhões, a prefeitura alega escassez de verbas em função da crise. “A moda agora é aproveitar a desculpa da crise para poder extinguir direitos. Se a prefeitura está realmente em crise, como é que vai gastar R$ 13 milhões com cargos comissionados e com o primeiro escalão de governo? Como é que tem dinheiro para asfaltar condomínio fechado, onde moram os ricos, mas não tem recurso para pagar salário de professor? Como é que continua mantendo contrato com uma empresa que, comprovadamente, recebeu recursos da merenda escolar de forma fraudulenta? ”, questiona o sindicalista.

Rafael Calado também denuncia que o Executivo está tentando intimidar a categoria, para impedi-la de exercer o direito de greve. “Desde que foi informada oficialmente sobre a possibilidade da greve, a prefeitura passou a aterrorizar os trabalhadores. Chegaram ao cúmulo de divulgar ofícios mentirosos, ameaçando punir e retirar direitos caso a categoria cruze os braços. Isso é prática antigreve, portanto é ilegal e os responsáveis terão que se explicar na Justiça”, conclui.

Categoria compareceu em peso

Trabalhadores e Trabalhadoras na Educação de Ibirité podem cruzar os braços até que a prefeitura volte a negociar e apresente uma contraproposta que atenda às reivindicações.

DESMASCARANDO AS MENTIRAS DA PREFEITURA DE IBIRITÉ

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Como já era previsto, a prefeitura de Ibirité está fazendo de tudo para confundir a categoria e tentar enfraquecer o nosso movimento, espalhando mentiras e distorcendo fatos.

Nesta segunda-feira (25/5), todas as escolas receberam um documento assinado pelo procurador do Município, onde se questiona a legitimidade do SIND-UTE. Baseia-se em uma decisão de primeira instância – logo, não definitiva – para justificar a negativa em negociar nossa Pauta de Reivindicações.
Diante das mentiras que vêm sendo divulgadas, colocando em dúvida a representatividade do SIND-UTE e a legalidade do movimento, nosso Departamento Jurídico elaborou nota de esclarecimento (baixe aqui), no intuito de esclarecer questionamentos e desmascarar as manobras da prefeitura. Leia com atenção, informe seus colegas e passe adiante.

1) OS PROCESSOS REFERENTES AO “IMPOSTO SINDICAL” INVALIDAM ACORDOS REALIZADOS ENTRE O SIND-UTE E A PREFEITURA DE IBIRITÉ?
É evidente que não. As ações referem-se somente ao repasse do imposto sindical, sem fazer julgamento de mérito com relação à representação. Ambas ainda tramitam na Justiça e não há decisão final.

2) AS REFERIDAS AÇÕES TORNAM ILEGAIS AS ATIVIDADES DO SIND-UTE?
É óbvio que não! Como já foi dito, elas não tratam da representação sindical, mas tão somente do desconto do imposto sindical. A representação da categoria é conferida por Lei, conforme o Estatuto do Sindicato e o registro no Ministério do Trabalho e Emprego. A existência de outro sindicato, de caráter geral, em nada altera a representação do SIND-UTE no Município.

3) AS AÇÕES PODEM TORNAR ILEGAL A GREVE CONVOCADA PELO SIND-UTE?
De forma alguma! As notas divulgadas pela prefeitura e pelo “sindicato” cartorial não possuem amparo na Lei. Estes órgãos não são competentes para declarar sumariamente a ilegalidade de qualquer greve. Apenas o Poder Judiciário pode fazer isso, após processo judicial. Assim, as notas divulgadas por aquele sindicato, que apenas briga na justiça pelo recolhimento obrigatório do imposto sindical, têm somente a função de confundir e intimidar a categoria.

4) O SIND-UTE ESTÁ AUTORIZADO A NEGOCIAR E REPRESENTAR OS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL?
É claro que sim! O SIND-UTE goza de representação de fato e de direito dos trabalhadores da Rede Municipal de Ibirité. É fora de propósito falar em “autorização” de outra entidade para que o SIND-UTE represente a categoria perante autoridades, seja administrativamente ou judicialmente.
Portanto, a exigência de participação ou autorização de entidade estranha à categoria no processo de negociação é absurda e descabida.

IMPORTANTE LEMBRAR QUE:

  • Os acordos realizados entre o SIND-UTE e a prefeitura não serão invalidados. Eles foram aprovados pela Câmara dos Vereadores e, portanto, são Lei. De forma que, para deixarem de valer, seria necessário outro projeto de Lei de iniciativa do prefeito, que também teria que ser aprovado pelo Legislativo.

  • A Lei 7783/89 (Lei de Greve) proíbe o empregador de promover retaliações contra os grevistas, entre elas o desconto de salários. O próprio Supremo Tribunal Federal (STF) já se posicionou a respeito, declarando que o corte de ponto ou quaisquer outras medidas que visem impedir o direito de greve são ilegais.

O SIND-UTE nunca esteve ou estará desautorizado a representar os servidores na Educação. Tanto é que, com 36 anos de existência, estando organizado em Ibirité há mais de 25 anos, o SIND-UTE firmou diversos acordos de greve, que, transformados em Leis Municipais, trouxeram importantes conquistas para a categoria.

São essas conquistas que a prefeitura pretende agora eliminar. Para obter sucesso, utiliza mecanismos ilegais e imorais, mentindo de maneira descarada, pressionando os trabalhadores e promovendo o assédio moral de forma criminosa. Tudo para tentar desmobilizar os trabalhadores e, com isso, aplicar seu projeto sórdido sem ser incomodada. A novidade é que, agora, passou a contar com o auxílio de um “sindicato” de cartório, cujo único propósito é se apropriar do dinheiro dos trabalhadores.

Informamos que o SIND-UTE acionará a Justiça contra a prefeitura de Ibirité, por seus atos ilegais, antidemocráticos, imorais e antissindicais, que configuram atentado aos princípios legais de liberdade e autonomia sindical, bem como ao direito de livre organização dos trabalhadores e trabalhadoras.

QUEM LUTA, EDUCA! QUEM LUTA, CONQUISTA!

Direção do Sind-UTE Ibirité

“O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.”

GUIMARÃES ROSA

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Professores de Ibirité decretam Estado de Greve

Carga horária será reduzida a partir de segunda-feira (25); se não houver negociação, escolas vão parar.

Os trabalhadores e trabalhadoras na Educação da rede municipal de Ibirité fizeram assembleia na manhã de terça-feira (19). A categoria decretou Estado de Greve e vai reduzir a carga horária a partir da próxima segunda-feira (25). A decisão foi tomada após várias tentativas frustradas de negociação com o Executivo municipal.

“A paciência dos trabalhadores chegou ao limite. Se o prefeito não quiser negociar por bem, que arque com as consequências”, alerta Rafael Calado, coordenador geral do Sind-UTE Ibirité.

Em seguida, os professores ocuparam a Secretaria de Educação e o saguão da prefeitura. Uma comissão foi recebida pelo secretário Hervê de Melo, que novamente se recusou a agendar reunião.

Os representantes do prefeito vêm fabricando pretextos para não apresentar uma contraproposta. Primeiro disseram que não havia dinheiro, agora falam que estão analisando a pauta de reivindicações. Eles tiveram três meses para fazer isso e agora vêm com essa conversa. A paciência dos trabalhadores chegou ao limite. Se o prefeito não quiser negociar por bem, que arque com as consequências”, alerta Rafael Calado, coordenador geral do Sind-UTE Ibirité.

Nova assembleia está marcada para o dia 29/5, às 8h00, em frente à prefeitura de Ibirité.

Paralisação contou com mais de 80% de adesão

Mais de 80% da categoria aderiu à paralisação convocada pelo Sind-UTE. Em sinal de protesto, a maioria compareceu de preto à assembleia. Também estavam presentes a presidenta estadual do Sind-UTE e da CUT Minas Gerais, Beatriz Cerqueira, a Bia, e o deputado estadual Professor Neivaldo Lima (PT).

Beatriz Cerqueira, presidenta do Sind-UTE/MG e da CUT/MG

Beatriz Cerqueira, presidenta do Sind-UTE/MG e da CUT/MG

Bia comparou os embates travados nos governos de Aécio e Anastasia (PSDB) com o atual momento vivido em Ibirité, encorajando os trabalhadores a seguirem firmes. “Enfrentamos a criminalização do nosso movimento, repressão, perseguições, mas não desistimos. Nossa recente vitória, quando assinamos um acordo histórico com o governo de Minas, é a reafirmação da palavra de ordem ‘quem luta, educa’. Mas significa igualmente que quem luta, conquista, pois nada vem de mão beijada”.

Deputado Estadual Professor Neivaldo Lima (PT)

Deputado Estadual Professor Neivaldo Lima (PT)

O deputado Professor Neivaldo Lima, que também pertence à rede estadual de Educação, elogiou a garra e a coragem da categoria. “A luta de vocês é muito justa. Contem com meu apoio e solidariedade naquilo que for necessário”, disse. Aproveitando a oportunidade, o Sind-UTE entregou ao deputado vários documentos que apontam fraudes na compra da merenda escolar pela prefeitura de Ibirité. O parlamentar afirmou que solicitará uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa para tratar do assunto.